Permacultura – Cultura permanente
A Permacultura cria ambientes sustentáveis e produtivos em equilíbrio e harmonia com a natureza. Vemos o mundo como um organismo*. Nele a natureza cria, através da evolução criativa, um “todo” muito maior do que a soma de suas partes.
Para assegurar essa abundância no futuro, implementamos as sete pétalas da inovação em todos nossos projetos:
1. Comunidade – Curar nossas relações pessoais e familiares
2. Habitat – Desenvolver projetos habitacionais de baixo impacto ambiental
3. Tecnologia – O desenvolvimento de tecnologias sustentáveis para o alcance das comunidades de baixa renda e para reduzir lixo e gasto energético (Projet0 Impact0)
4. Educação – Precisamos buscar alternativas para a educação de nossos filhos e até mesmo para sua própria formação
5 Bem-estar – A meditação e o pensamento holístico, entre outras ferramentas, fazem parte do despertar da consciência
6 Recursos – Os conceitos econômicos do capitalismo no crescimento contínuo resultam na segregação e na devastação da natureza
7 Ambiente – A reconexão com a terra, a partir de uma perspectiva de respeito, compreensão e amor, é necessária para nossa sobrevivência
(*A Teoria de Gaia foi desenvolvida na década de 1970 pelo cientista James Lovelock)
Tecnologias ancestrais e Biomimética
A palavra tecnologia tem origem no grego “tekhne” que signfica “técnica, arte, ofício” juntamente com o sufixo “logia” que significa “estudo”. É o estudo sistemático sobre técnicas, processos, métodos, meios e instrumentos dos ofícios e domínios da atividade humana. Nosso estudo é principalmente sobre produtos biodegradáveis e meios de produção com um mínimo de impacto ambiental:
– produtos descartáveis
– papel, fibras vegetais e embalagens
– tecidos
– desidratadores
– refrigeradores
– aquecedores
– eco-fogões
– fossas ecológicas
– cisternas
– energia
– combustíveis
– fertilizantes
– fitossanitários naturais
– produtos de limpeza
– cosméticos e produtos de higiene
– materiais de construção




Salve o Cerrado
O nosso ambiente local é o Cerrado. O Cerrado é o berço das águas da América do Sul e 80% da eletricidade do Brasil vêm de usinas hidrelétricas em rios que têm suas nascentes no Cerrado. A preservação desse bioma é fundamental para a segurança energética e alimentar do país. Um país com 78% do territórios coberto por florestas, deveria viver das florestas e não derrubar florestas para viver da monocultura. A única coisa que protege as nascentes é a floresta nativa, mas por causa do desmatamento está diminuindo a recarga dos aquíferos. Vários aquíferos já passaram seu ponto de inflexão da sustentabilidade, o que significa que mais água está sendo removida do que substituída.
Temos que conscientizar os moradores locais que o Cerrado é a savana com a maior biodiversidade do mundo. Um fato interessante é que apenas uma pequena parte das espécies da flora do Cerrado foi catalogada e avaliada. Só através da educação ambiental, da prática e do investimento em pesquisa botânica podemos proteger o Cerrado e criar uma economia solidária e sustentável de suas plantas e frutos.
O bioma Cerrado fornece 75% do país com água, mas não tem uma lei específica de preservação. Assim mas que 90 milhões de hectares do Cerrado já foram convertidos em monocultura ou pasto. Sem as raízes profundas da vegetação nativa, o solo é vulnerável para erosão e o resultado será um deserto para as gerações futuras. Só a agricultura familiar e a agroecologia oferecem soluções de baixo custo (como cisternas, aquecedores etc.) e eficazes contra essa devastação. As comunidades rurais muitas vezes mantiveram um grande conhecimento ancestral em técnicas de bioconstrução e geração de energia que deve ser preservado. O uso de plantas medicinais e a construção com bambu e barro como matéria prima são exemplos dessa sabedoria. A manutenção das técnicas, das relações humanas e da cultura popular são vitais para nosso desenvolvimento na terra.
Equilíbrio na pisada – Neutralizando as emissões de CO2 de sua atividades econômicas
Desde 2018 a empresa KOPA turismo está elaborando um projeto de reflorestamento do Cerrado com plantas nativas e o uso sustentável de Bambu para neutralizar a emissão de CO2 durante as viagens. No mesmo ano o Coletivo Raiz & Cipó entrou nesse projeto como parceiro e iniciou o plantio de Bambu gigante (Dendrocalamus Asper) em uma área degradada no distrito de São José da Serra (APA Morro da Pedreira, Município de Jaboticatubas, MG).
Um dos atuais desafios mundiais é o combate ao efeito estufa, e nesse sentido, o bambu mostra-se um agente bastante eficaz ao controle do CO2 (dióxido de carbono). O acelerado desenvolvimento do bambu e sua estrutura fazem com que seja um extraordinário aliado na recuperação de áreas degradas, atuando como um recurso renovável na produção agroflorestal.
Nosso plano de ação prevê a plantação anual de cem mudas de bambu e a construção de um viveiro de mudas nativas do Cerrado para plantação em áreas de reflorestamento nativo, como p.ex. nas reservas legais. Nos próximos cinco anos está previsto a expansão do projeto e a ampliação do Viveiro do Cerrado e do banco de sementes crioulas na sede do Coletivo “Raiz & Cipó” no distrito de São José da Serra. O espaço já está oferecendo cursos de capacitação em Bambuzeria, práticas agroflorestais e educação ambiental para a comunidade local e interessados.
Nossa missão é proteger o Cerrado em nossa região, reflorestar às nascentes, aumentar a população de espécies endêmicas e ameaçadas (em específico as aves), capacitar os jovens para aumentar a economia solidária e diminuir o êxodo rural, e neutralizar o CO2 emitido pelas nossas atividades económicas.
Entre em contato, caso queira fazer parte desse movimento e neutralizar as emissões de CO2 de sua atividade económica.